A matéria de hoje do nosso querido, "TIRA METIDO A ESCRITOR", vem abordar um assunto que envolve todo ser humano, a criação dos filhos. Qual pai ou mãe, nunca se perguntou se em determinado momento da criação de seus filhos nunca errou?, então leiam e reflitam sobre o tema:
DIZER NÃO, TAMBÉM É UMA FORMA DE AMAR!
O tema que desenvolvo hoje surgiu após uma cena que presenciei em uma delegacia de polícia do RJ, em que trabalhei. Nele eu falo de um assunto muito importante em nossas vidas e que a maioria das pessoas, pelos motivos mais diversos, acaba por desrespeitá-lo. Que são os LIMITES!
Era uma tarde de verão e eu encontrava-me em frente à 16ª DP (Barra da Tijuca – RJ) pronto para atender uma ocorrência na favela da Rocinha. Aguardava meus colegas para que procedêssemos, quando chegou uma viatura da Polícia Militar conduzindo um jovem de aproximadamente 23 anos, preso por tráfico de entorpecentes. Esta cena passaria despercebida, uma vez que já fazia parte de nosso cotidiano, se não fosse à chegada de um carro importado, de onde desceu um senhor de cabelos grisalhos de aproximadamente 65 anos, que estava muito nervoso, querendo notícias de seu filho.
O rapaz encontrava-se no cartório da delegacia sendo autuado em flagrante por tráfico. E lá fora, este senhor procurava saber notícias, perguntando a todos, sem obter resposta. Em certo momento um policial militar envolvido na ocorrência, aproximou-se dele e falou: “Meu tio, o que o Senhor é deste rapaz?” Imediatamente respondeu: “Sou seu pai.” O policial de uma forma indelicada, lhe disse: “Bom, o seu filho foi preso e está neste momento sendo autuado por tráfico de entorpecentes. Mas, não adianta o senhor ficar nervoso aí não. Ele precisava de ti antes de entrar nessa vida. Agora ele precisa é de um bom ADVOGADO”.
Ao ouvir isso do policial, este senhor debruçou-se na parede e começou a chorar convulsivamente. Eu não fazia parte da ocorrência e mesmo que fizesse nada poderia fazer para ajudá-lo. Mas, por ser pai, confesso que sabia perfeitamente o quanto era intensa sua dor. E mesmo não podendo fazer nada, senti uma necessidade imensa de me aproximar e tentar levar a este senhor uma palavra amiga. E o fiz. Aproximei-me e coloquei a mão sobre seu ombro e disse: Calma, amigo!
Ao me olhar e perceber que eu era policial, começou a desabafar falando: “Amigo, este é o meu único filho. Tem 24 anos, faz Direito na faculdade GAMA FILHO; é poliglota (fala quatro idiomas); mora aqui na Barra da Tijuca com a mãe, da qual sou separado. Eu moro nos Estados Unidos. Porém, embora eu esteja distante, procuro me fazer presente através de telefonemas, e-mails... Não deixo faltar nada. Eu nunca disse um não pra esse menino. Onde foi que errei?”.
Chegou o momento de atendermos a ocorrência e me despedi pedindo calma e fui. No trajeto, pensando em suas palavras , cheguei à conclusão de que errou justamente por nunca ter dito um não para seu filho.
Infelizmente a grande maioria dos pais, acha que seus filhos só perceberão que os ama, se lhe disserem sempre sim. Um erro que pode culminar em dores sem proporção. Sei o quanto é doloroso dizer não pra quem amamos. Principalmente quando trata-se de um filho!. Mas se não agirmos assim, acabamos por não criarmos limites. E quando os limites são desconhecidos, deixamos de respeitar o direito do próximo por desconhecermos nossos limites. O que gera uma infinidade de conflitos e problemas que nem sempre tem solução. E quando há não nos isenta da dor !
Por isso digo com convicção que dizer Não, também é uma forma de amar! É necessário impormos limites e ensinarmos as conseqüências por não respeitá-los. Os nossos limites, os limites do próximo e os limites da lei, não podem ser desconhecidos.
Devemos orientá-los, mostrando-lhes o caminho a seguir. Dizendo NÃO em certos momentos e situações, mesmo que tenhamos condições de dizer sim, com o objetivo de ensiná-lo a caminhar sozinho, sem que desrespeite os limites. É necessário lhe darmos o anzol e a vara pra pescar e não o peixe. Se não fizermos assim, nunca saberão transpor os obstáculos da vida e certamente procurarão o caminho que acharem mais fácil, não se importando em desrespeitar os limites da lei e os seus próprios limites.
Certa vez eu li um texto de um autor americano que se chamava “Pais maus”, que acabou por me inspirar pra escrever uma matéria. E impressionado com a forma como uma senhora do estado de São Paulo, administra o amor por seus filhos, acabei por escrever uma matéria com seu nome, que se chamou: “PRECISAMOS DE MAIS MARIAS RITAS!”. O que tem em comum nas duas matérias é a forma com que os pais da matéria “PAIS MAUS” e a Maria Rita de minha matéria, administram o amor por seus filhos. Ambos souberam dizer NÃO em diversas ocasiões e situações e hoje colhem deliciosos frutos, que é o reconhecimento de seus filhos e seus futuros promissores.
Não importem-se em serem chamados de “caretas”. O importante é o bem estar de seu filho. Hoje, podem não entenderem! Mas amanhã, lhes serão muito gratos e você, FELIZ!]
Sendo assim, comece dizendo NÃO para: As más companhias (que são o passaporte para o crime); Imponha horário para que cheguem e saiba sempre onde estavam e o que faziam. Ensine a fazer! Não faça por eles. Converse, mostrando-lhes a realidade sem censura.O diálogo é importantíssimo!.
Mostre que são seus pais e seus melhores amigos, antes que um criminoso os adote. Diga não sem receio. Pois, dizer NÃO, também é uma forma de amar!
Sendo assim, comece dizendo NÃO para: As más companhias (que são o passaporte para o crime); Imponha horário para que cheguem e saiba sempre onde estavam e o que faziam. Ensine a fazer! Não faça por eles. Converse, mostrando-lhes a realidade sem censura.O diálogo é importantíssimo!.
Mostre que são seus pais e seus melhores amigos, antes que um criminoso os adote. Diga não sem receio. Pois, dizer NÃO, também é uma forma de amar!
Pedro Chagas
(Um Tira metido a escritor!)
(Um Tira metido a escritor!)
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